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quarta-feira, outubro 31, 2007

Zagallo se cuida para ver a festa

Luciano Cordeiro Ribeiro


O homem que se tornou sinônimo de Copa do Mundo teve ontem um dia dedicado à nostalgia. Em vez de se prender à ponta de ressentimento por não ter feito parte do grupo de notáveis escalado para representar o país na Suíça, Zagallo preferiu se presentear, curtindo cada detalhe da celebração em torno da expectativa para 2014. Em meio a lembranças de festas e sofrimentos das dez Copas que viu de perto - como jogador, comentarista ou torcedor - o Velho Lobo prometeu cuidados especiais para assistir ao segundo Mundial brasileiro.

- Estou bem de saúde, liberado para tudo. Até um vinhozinho o médico já me deixou beber de vez em quando - sorriu Zagallo, que em 2005 teve de se submeter a uma cirurgia para a retirada de um tumor no duodeno. - Seria uma benção poder ver mais duas Copas, uma delas novamente na minha casa.

Quem encontra Zagallo caminhando sorridente, de tênis, bermuda e boné, se espanta com a recuperação do tetracampeão. Na operação realizada há dois anos, o treinador também teve de retirar parte do estômago e chegou a perder 16 quilos. Ontem, antes de assistir pela TV ao anúncio oficial da Fifa, Zagallo cumpriu à risca a série de exercícios que faz toda terça e quinta, acompanhado de um personal trainer.

- Comecei com 51 um quilos e já passei de 56. A meta é chegar a 60. Ainda não será como era antes, mas já vai estar muito bom - comentou o ex-jogador, que em agosto de 2014 completará 83 anos e poderá ver a homenagem planejada em seu nome especialmente para a Copa, a construção da Arena Zagallo, planejada para Maceió, sua terra. - A gente só dá valor a certas coisas depois que está do lado de lá. Vejo essas imagens que estão passando agora do Cristo Redentor e lembro que era ele que eu via da janela do hospital. Nessas horas a gente pensa o quanto é bom estar vivo e esquece dos pequenos problemas.

Na Copa de 1950, Zagallo tinha 18 anos. Era soldado do Exército e participou da segurança da final, na arquibancada.

- Lembro que fiquei atrás do gol em que o Barbosa estava no segundo tempo. O gol do Brasil eu queria comemorar, mas não podia, estava de verde-oliva, capacete, cacetete. Depois vi o Gigghia vindo bem de frente para mim. Só quem estava lá sabe o que foi - comentou o treinador, que espera uma festa redentora em 2014. - Tomara que seja o hepta, porque o hexa a gente pode buscar em 2010. Não tenho dúvidas de que vai ser uma grande Copa. No Pan, já demos a demonstração do que somos capazes.

Em 1958 e 1962, Zagallo foi campeão como jogador. Em 70, ergueu a taça como técnico, função mantida, sem êxito, em 74. Vinte anos mais tarde, como coordenador de Parreira, ajudou a livrar o Brasil do jejum de conquistas, nos EUA. Ano passado, frustrou-se com a derrota para a França nas quartas-de-final, filme que já tinha visto como comentarista, em 86, atividade que também exerceu em 90. Zagallo afirma que o currículo extenso o credenciaria a ajudar a CBF nos preparativos para 2014.

- Eles escolheram o Romário como embaixador. Foi um grande jogador, eu respeito. Mas, se por um acaso acharem que precisam de mim, estou à disposição.

Fonte: JB Online

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