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quarta-feira, outubro 31, 2007

Lula provoca argentinos, dá gafe e ergue a taça

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou a oficialização do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014 para provocar os argentinos. Ao discursar logo após o anúncio feito pelo presidente da Fifa, Joseph Blatter, ele garantiu que os 22 membros do comitê executivo da entidade podem ficar "tranqüilos" em relação ao sucesso do evento. "Estejam certos de que o Brasil saberá, orgulhosamente, fazer a sua lição de casa, realizar uma Copa do Mundo para argentino nenhum botar defeito", afirmou, sob risos da platéia.

A brincadeira não agradou ao vice-presidente da Fifa e presidente da Associação de Futebol Argentino (AFA), Julio Grondona, que estava na primeira fila da platéia. "Não agüento mais essa rivalidade que vocês apresentam. Por mim, colocava brasileiros e argentinos numa bandeja para fritar", disse. "Estou de saco cheio desse clima".

Antes de irritar Grondona e receber de Blatter o microfone para falar, Lula teve a chance de erguer por cerca de cinco minutos a taça da Copa do Mundo diante dos holofotes da mídia internacional. Os presidentes brasileiros que tiveram a mesma oportunidade de "faturar" politicamente com o troféu, no passado, contaram com o esforço das seleções campeãs. Foi assim com Itamar Franco, em 1994, e Fernando Henrique Cardoso, em 2002.

Lula, no discurso, não só provocou como cometeu gafe ao falar de um esporte que diz conhecer tão bem. Dirigindo-se para o ex-jogador Michel Platini, astro da seleção francesa de 1986, o presidente falou que o futebol não é apenas um esporte, mas uma paixão nacional e "lembrou" de uma cena que não existiu.

"Choramos, Platini, quando você marcou um pênalti no Brasil, choramos". Na verdade, o craque errou na série de pênaltis contra o time do técnico Telê Santana, mas marcou com a bola rolando durante o empate por 1 a 1 no tempo normal. A França ganhou nas penalidades acabou passando para a fase seguinte do Mundial.

Depois, o presidente disse que os brasileiros puderam rir quando Romário marcou gols e Dunga levantou a taça. Em seguida, rasgou elogios para o capitão da Alemanha em 1974, Franz Beckenbauer. "Os brasileiros que gostam de futebol têm no Beckenbauer um dos maiores jogadores que o mundo produziu, só não é maior porque quis Deus que o Brasil produzisse o Pelé", ponderou.

Depois de chegar à sede da Fifa com 22 minutos de atraso, causando pânico nos pontuais suíços, Lula relatou que, em conversa com Blatter, disse que o fato de o Brasil ter sido escolhido era motivo de "muita alegria e festa". "Mas, sobretudo, era motivo para que regressássemos ao Brasil sabendo o que está pesando nas nossas costas, muito mais responsabilidade", disse. "Realizar uma Copa do Mundo é uma tarefa imensa, incomensurável, mas se o Brasil já foi capaz de realizar em 1950, quando eu tinha apenas quatro anos e seis meses de idade, imagine o que não pode fazer quando eu terei 69 anos de idade".

Economia
Lula aproveitou para reafirmar que não tem planos de tentar um terceiro mandato. "(A Copa) Não é uma responsabilidade do atual presidente, pois não serei mais em 2014, do presidente da Confederação ou dos governadores que estão aqui", disse. "No fundo, no fundo, estamos aqui assumindo uma responsabilidade enquanto nação, enquanto Estado brasileiro, para provar ao mundo que temos uma economia crescente, estável".

Ele fez referências aos problemas sociais. "Somos um país que tem muitos problemas, sim, mas somos um país com homens determinados a resolver esses problemas", afirmou. "Tenho certeza, sete anos antes, de dizer para vocês que a coisa que mais irá empolgar os jogadores, os jornalistas, os dirigentes de futebol e os torcedores, não será Ricardo Teixeira, não serão os governadores nem o presidente da República, mas será o comportamento extraordinário do povo brasileiro", disse. "O tratamento que esse povo dará, estejam certos, marcará a história das Copas do Mundo".

Pedido
Antes da cerimônia da sede da Fifa, o presidente encontrou-se com a presidente da Suíça, Michelline Calmy Rey, de quem ganhou de presente uma bola igual à que será utilizada na fase final da Eurocopa de 2008, que o país sediará em conjunto com a Áustria. Descontraído, Lula brincou, dizendo que "reivindicava o direito do Brasil participar da Eurocopa".
Fonte: Tribuna da Imprensa

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