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sábado, setembro 15, 2007

Mais uma matéria para que os idiotas entendam que por escrever BREGA, não tenho que dar satisfação a ninguém

Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado
Por LBI 15/09/2007 às 14:23

Leia o editorial do jornal Luta Operária, nº 154, 1ª Quinzena de setembro/2007 e o sumário completo desta edição
Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado: Aprofunda-se a crise do regime político O encontro público ocorrido há cerca de 15 dias, entre o atual Ministro da Defesa, Nelson Jobim e o Presidente do Senado, Renan Calheiros, com o objetivo de externar a solidariedade do governo Lula com o mafioso alagoano, revela a "senha" do processo já considerado ganho de antemão. Jobim exigiu celeridade de Renan para a votação em plenário, o Planalto buscava encerrar o jogo de ameaças e chantagens desencadeado por Renan contra os senadores da base aliada, na medida em que já havia assegurado a maioria necessária para sua absolvição. O resultado da sessão secreta do Senado da tarde do último dia 12 não foi propriamente uma surpresa, 40 a 35 pró-Renan, só esclareceu a fórmula encontrada por Lula para enquadrar os votos da bancada "ética" do PT, como Mercadante, Arns e Suplicy, a abstenção foi a saída encontrada para salvar Renan da degola e preservar os vínculos deste setor "vestal" do PT com as benesses do Estado. A votação favorável a Renan, longe de encerrar a crise política, aberta há quatro meses, apenas encerra uma primeira disputa, que reflete interesses sociais muitos mais abrangentes do que o simples mandato do próprio Renan ou de qualquer outro dos 81 senadores. Sob fogo cerrado da mídia, a crise que envolveu Renan tem como pano de fundo uma cisão no seio das próprias classes dominantes, mais especificamente uma pugna entre as oligarquias nordestinas e a burguesia industrial paulista. O start da crise foi a aprovação pelo Senado de um projeto que se arrastava desde o governo Sarney, trata-se da criação das ZPE´s, duramente criticada pela FIESP. Por outro lado, pegando carona na insatisfação da mídia paulista com o favorecimento do Senado às oligarquias "maquiladoras" a oposição "conservadora" vislumbrou a possibilidade de abocanhar a presidência da Casa, apesar da excelente relação política que até então estabelecia com o grupo de Renan, aliada regional do PSDB em Alagoas. A vitória do primeiro round por parte de Renan deve-se fundamentalmente ao fato de que ele nem pessoal nem politicamente era o alvo preferencial da disputa em curso. As denúncias assacadas contra ele (pensão de uma filha fora do casamento paga por empreiteira etc.) eram absolutamente "prosaicas" se comparadas às grandes maracutaias estatais operadas pelo alto staf da política burguesa. Isto foi usado como moeda de troca, ou melhor, chantagem pesada contra seus "algozes" e aliados, ou seja, seria condenado por "roubar galinhas" enquanto seus pares ultracor-ruptos posavam de probos parlamentares. O ex-presidente Sarney, um dos artífices da permanência de Renan tentou em um primeiro momento convencer o "afilhado" a apear do posto da presidência, não obteve êxito, então conduziu uma ampla articulação política que incluiu o retrocesso na própria tramitação das implantações das ZPE´s que por um acordo foi parcialmente vetada pelo governo Lula para retornar ao Senado a fim de serem feitos "ajustes", leia-se uma saída de "compromisso" entre a burguesia paulista e as oligarquias nordestinas sobre esta questão. Neste curso dos acontecimentos, com o acordo selado pela elite dominante, Renan pode suportar a tremenda pressão e negociar futuramente uma licença da presidência do Senado, passando diretamente ao PT (Tião Viana assumiria temporariamente) a condução da aprovação da CPMF na Casa, ponto central para o governo no momento. A questão a saber é se a oposição "conservadora", agora engrossada pelo PSOL e PSB, salivando a possibilidade real de ocupar a presidência do Senado, aceitará ou não os termos do acordo celebrado pelas frações da burguesia nacional. Enganam-se completamente as análises tolas e superficiais, todas baseadas na legitimidade das instituições "republicanas", de que se tratou de mais uma "pizza" a permanência de Renan a frente do Senado. Na verdade, a manutenção de Renan se impôs como uma saída de crise, na ausência de uma alternativa política palatável para a opinião pública. A cassação de Renan, se fosse aprovada, significaria um "resgate" da imagem simbólica do parlamente junto a população manipulada pelos meios de comunicação supostamente paladinos da "ética". Ao contrário da crise do "mensalão", onde cabeças foram sacrificadas para estancar o sangramento do PT, nesta crise a "cabeça" de Renan não pode ser oferecida e o sangramento do Senado e, por conseqüência do próprio regime político, deve continuar. Do ponto de vista do proletariado trata-se de aproveitar o impasse da burguesia, rejeitando cabalmente a via da apologia das instituições democráticas e impulsionando a ação direta das massas independente do calendário eleitoral e da institucionalidade burguesa. O PSOL teve um destacado papel no desenrolar da crise do Senado. Foi o partido que apresentou uma representação no Conselho de Ética do Senado contra Renan, acusando-o por quebra do "decoro parlamentar". Na seqüência dos acontecimentos o PSOL levantou a campanha "Fora Renan" em defesa da moralidade e da ética no Congresso Nacional. Se é bem verdade que a tal campanha nunca "decolou" por absoluta falta de ligação com o movimento de massas, o PSOL teve o "mérito" de em um primeiro momento romper a inércia do Senado e pontear a oposição "conservadora", particularmente na política vacilante do PSDB. Agora se junta organicamente aos tucanos e ?democratas? em um bloco orgânico no Senado, assim como o fez na Câmara dos Deputados com a chamada "terceira via". Desta forma, o PSOL desnuda claramente seu caráter de classe e segue uma trajetória política ainda mais acelerada do que a do PT em integrar-se ao Estado burguês. Pitoresco mesmo foi o episódio em que na qualidade de "advogada de acusação" a vestal presidente do PSOL, tendo direito à voz na sessão secreta do dia 12, foi acusada pelo próprio Renan de estar sendo processada pela Receita Federal pelo crime de sonegação fiscal em Alagoas. Mais tarde Heloísa admitiu o processo e afirmou que se tratava de uma ação coletiva contra todos os deputados estaduais de Alagoas (90-94) que não declararam ao fisco a verba de representação recebida. Como se pode constatar em sua própria trajetória política, o engodo da pureza ética de Heloísa não consegue passar nem pelo crivo de um mafioso corrupto do quilate de um Renan Calheiros. Na outra margem da esquerda pequeno-burguesa postou-se o PCdoB, na crise do Senado. Os ex-stalinistas agora convertidos em social-democratas adeptos da democracia como valor universal formaram a tropa de choque da defesa de Renan, diga-se de passagem, um velho ?amigo? do partido e responsável pela eleição do "neocomunista" Aldo Rabelo à presidência da Câmara dos Deputados em 2005. Apesar das posições completamente decompostas programaticamente e ultra-oportunistas no campo político, o PCdoB vinha sendo cortejado pela "oposição de esquerda" (PSOL e PSTU) para integrar uma nova articulação sindical em virtude do anúncio que fez de suas intenções de romper com a CUT. Devemos esperar para assistir, mais uma vez, os morenistas do PSTU saudarem a "combatividade" do PCdoB, muito provavelmente na marcha lobista que organizam para o próximo 24 de outubro em Brasília. Resta saber se no "bonde" sindical do PSTU e do PSOL, além do PCdoB também cabem os "aliados" destes ex-stalinistas, como Renan e Sarney. Para os marxistas revolucionários, as lições a serem abstraídas da longa agonia política do Senado Federal passa bem ao largo das receitas democratizantes do tipo "Assembléia Constituinte" ou mesmo convocação de novas eleições parlamentares. A crise crônica do regime político, do qual a novela Renan é apenas o episódio exige uma perspectiva de classe, ou seja, proletária. Somente com um paciente e pedagógico trabalho publicitário entre as massas, explicando a inviabilidade histórica de "remendar" o Estado burguês e seu regime decomposto, apontando o norte da revolução socialista como única saída progressista diante da barbárie capitalista. A tarefa colocada para o conjunto da vanguarda classista em nosso país é a unificação programática em torno da bandeira da Quarta Internacional, no sentido da construção de um instrumento revolucionário que possa dirigir a latente rebelião das massas gestada a partir da agudização da própria crise capitalista mundial. ============================ SUMÁRIO DO JORNAL LUTA OPERÁRIA Nº 154 - 1ª QUINZENA DE SETEMBRO/2007 Editorial: Quadrilha de Lula banca Renan na presidência do Senado - Aprofunda-se a crise do regime político Reunião da Conlutas/Nordeste: Organizar um pólo de resistência na Conlutas à política de "unidade" do PSTU com os governistas Movimento Operário: Todo apoio à greve nacional dos Correios! Unificar já todas as campanhas salariais! Polêmica sobre os boxeadores cubanos: PSTU e PCdoB disputam a medalha de ouro do antimarxismo História Marxista: Há seis anos do 11 de Setembro, um novo panorama mundial - Do fracasso da ofensiva militar imperialista ao crash financeiro Japão: Crise econômica e impossibilidade de cumprir as ordens de Bush derrubam primeiro-ministro Publicações Liga Bolchevique Internacionalista: Lançado o livro "O Marxismo e insurreição de Outubro" de Lenin!

Fonte: CMI Brasil

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