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segunda-feira, abril 30, 2007

Cresce incidência do câncer bucal na população baiana

População masculina é maioria entre os 200 novos casos da capital


Mariana Rios
Duzentos novos casos de câncer de boca foram diagnosticados em Salvador em 2006, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A população masculina é mais acometida, na proporção de três homens para cada mulher. O número é preocupante principalmente porque os casos são registrados em estágio avançado. O fumo, associado ao excesso do consumo de bebidas alcóolicas, em pessoas com mais de 40 anos, assim como a exposição solar sem proteção são os principais fatores de risco. Em todo o país, segundo informações do Instituto Nacional de Câncer (Inca), este é considerado o sexto tipo de câncer mais letal.
O câncer bucal geralmente ocorre nos lábios (principalmente no inferior), dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amídalas ou glândulas salivares. No Brasil, a doença assume maior importância por causa do câncer de lábio, uma vez que trabalhadores que atuam em atividades rurais estão expostos de forma contínua à luz solar. Já quando o câncer ocorre em outras regiões da boca, os pacientes são, em mais de 80% dos casos, tabagistas que fazem uso constante de bebidas alcoólicas.
A coordenadora de saúde bucal da SMS, Eliana Rosa, afirmou que estão sendo intensificadas ações preventivas como a divulgação da importância do auto-exame para o diagnóstico precoce, através de palestras e nas 103 unidades de saúde que possuem serviços de odontologia. “Os casos registrados, infelizmente, já chegam em estágio avançado. Por essa razão estamos intensificando as atividades preventivas, como palestras, para evitar a necessidade de cirurgias (para remoção) ou radioterapia e quimioterapia. O câncer bucal é curável se diagnosticado precocemente”, explicou Rosa, que no sábado, Dia Nacional de Vacinação do Idoso, falou para cerca de 300 idosos reunidos no Parque da Cidade.
Além da consulta regular ao dentista no posto médico, os idosos foram orientados a realizar o auto-exame a cada seis meses e levar para casa as informações de como reconhecer alterações suspeitas na cavidade oral. Com um espelho em um ambiente bem iluminado, é possível fazer o auto-exame ao procurar lesões na boca como mudança na aparência dos lábios e da parte interna da boca, áreas endurecidas, caroços, feridas, sangramentos, inchaços, áreas dormentes ou ainda dentes amolecidos e quebrados. (Confira no boxe os passos para o procedimento).
O principal sintoma deste tipo de câncer é o aparecimento de feridas na boca que não cicatrizam em uma semana. Além deste, podem aparecer ulcerações superficiais, indolores, com menos de dois centímetros de diâmetro, manchas esbranquiçadas ou avermelhadas nos lábios e mucosa bucal. Podem ocorrer ainda dificuldade de fala, mastigação e deglutição, além de emagrecimento acentuado e a presença dolorida de ínguas no pescoço.
Para a prevenção, é recomendável não fumar – o fumo é responsável por mais de 80% dos casos, evitar o álcool, promover a higiene bucal e fazer uma consulta de odontológica de controle anualmente. Uma dieta saudável, rica em vegetais e frutas, além da proteção dos lábios durante exposição solar são também recomendações dos especialistas. Caso apareça uma lesão suspeita, o serviço odontológico deve ser procurado para o início do tratamento.
***
AUTO-EXAME
Alguns passos para o auto-exame da boca:
lave bem as mãos, o rosto e a boca, e se fizer uso de próteses dentárias, retire-as; observe se há algum sinal novo na pele do rosto e pescoço, tocando suavemente todo o rosto com as pontas dos dedos; puxe com os dedos o lábio inferior para baixo, expondo a mucosa interna. Apalpe todo o lábio. Faça o mesmo com o lábio superior, puxando-o para cima; com a ponta do dedo indicador, afaste a bochecha para examinar sua parte interna. Faça isso nos dois lados. Depois, percorra com o mesmo dedo toda a gengiva superior e inferior; introduza o dedo indicador por baixo da língua e o polegar da mesma mão por baixo do queixo e procure apalpar todo o assoalho da boca; incline a cabeça para trás e examine o céu da boca. Diga “A” e observe o fundo da garganta; ponha a língua para fora e observe a parte de cima. Levante-a até o céu da boca e observe a parte de baixo; puxando a língua para a esquerda observe o seu lado direito. Puxando para o lado inverso, observe o lado esquerdo. estique a língua para fora, segurando-a com um pedaço de gaze ou pano limpo, com o dedo indicador e o polegar da mão livre apalpe toda sua extensão.
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde
Fonte: Correio da Bahia

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