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quarta-feira, abril 11, 2007

Caso Neylton

Aglaé e Tânia descem aos porões da saúde municipal
Por Alex Ferraz
Aglaé Amaral disse claramente, na entrevista de ontem, que “muitos interesses foram contrariados por nós, pois alguns estudos feitos pela Tânia, por exemplo, apontaram diversas irregularidades e houve contratos revistos que renderam uma economia de R$ 13 milhões anuais para o município, enquanto outros geraram cerca de R$ 1,2 milhão de economia por mês” A ex-sub-secretária da Saúde municipal disse também que “várias clínicas foram descredenciadas, porque nós apuramos, com rigor, que não havia aparelhos nem profissionais que pudessem prestar o serviço pelos quais elas estavam cobrando. Além disso, identificamos cirurgias cobradas mas não realizadas, inclusive conversando com as pessoas que teriam feito essas operações”. Ela disse ainda que muitas clínicas que recebiam (ou recebem?) dinheiro da Secretaria Municipal da Saúde simplesmente estavam fechadas. Com base nesses “interesses contrariados”, Aglaé e Tânia construíram um arcabouço para sua defesa, ao tempo em que revelavam fatos gravíssimos que mereceriam imediata apuração por parte do poder público municipal e, se confirmados, certamente levariam a uma revisão geral dos procedimentos da SMS em relação ao gerenciamento das verbas do SUS. “Nós não fizemos absolutamente nada. Eu citei ontem (segunda-feira) para o juiz uma frase de Maquiavel que diz que ‘a melhor forma de desarmar um adversário é desonrá-lo’. Acho que foi exatamente isso que aconteceu, disse Aglaé Amaral, afirmando que acredita “na Justiça e que a verdade chegará. Espero que essa história realmente chegue ao final, que a verdade surja, que as coisas possam se esclarecer e que nos saiamos desse episódio.” Sobre uma suposta perseguição de que ambas estariam sendo vítimas, Aglaé afirmou: “Todos os gestores públicos que lidam com verbas do SUS são perseguidos. Falo dos que lidam adequadamente, tanto em relação à gestão, quanto em relação ao dinheiro desta gestão. Nós contrariamos interesses a partir do momento em que organizamos o sistema de saúde, em que nós retomamos a seriedade dentro da Secretaria Municipal de Saúde, onde todos sabiam que existiam problemas anteriores, com a implantação da gestão plena.”
“Tomei como surpresa a minha exoneração”
; Sobre o servidor assassinado, Aglaé Amaral disse que “o sr. Neylton recebia de um outro setor da secretaria, da Coordenação de Regulação e Avaliação, planilhas e disquetes, onde se definiam e determinavam os valores a serem pagos, individualmente, a cada um dos prestadores – hospitais, clinicas e laboratórios. E cabia a ele elaborar o relatório gerencial interno, onde deveriam constar os descontos referentes a retenções feitas pelo Ministério da Saúde, a empréstimos bancários, descontos dos impostos que são retidos na fonte e descontos determinados após auditorias realizadas e encaminhadas pelo mesmo setor.” Questionada por Mário Kertész sobre como se sentiu em relação à atitude do prefeito João Henrique, Aglaé disse: “Eu esperava que o prefeito me afastasse até que fossem apuradas devidamente as coisas. Eu tomei como surpresa a exoneração.” O radialista questionou se o secretário Luís Eugênio tem dado apoio às duas e Tânia Pedroso disse que “infelizmente eu não tive nenhum contato com o secretário, desde o dia 9 de janeiro, quando recebi um telefonema pela manhã exigindo que eu fizesse a retratação de algo que eu não havia dito, e também não tive nenhum representante da secretaria que representasse o secretário. Lógico que estou tendo contato com várias pessoas da secretaria que me prestam solidariedade, mas, infelizmente, não tive nenhum contato com ele e nem com nenhum representante me procurou.”
Fonte: Tribuna da Bahia

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