Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

domingo, outubro 22, 2006

Lula diz que adversários deveriam rezar por sua reeleição

FELIPE NEVES
da Folha Online

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), candidato à reeleição, ironizou neste domingo seus adversários ao dizer que eles deveriam rezar para sua vitória no segundo turno.

"Ao invés de eles ficaram com tanta bronca de mim, eles deveriam pedir a Deus que eu ganhasse para eu poder deixar o Brasil muito melhor", disse Lula.

Em comício na região de Cidade Tiradentes (zona leste de São Paulo), o presidente fez questão de enfatizar a questão da luta de classes, sempre se colocando como quem governa para a maioria, em contraponto ao PSDB, que, segundo petistas, governa para os ricos.

Nesta linha, Lula citou os programas Prouni, Bolsa Família e Luz para Todos. Segundo ele, "um presidente da República precisa governar para 190 milhões, não para 30 ou 35 milhões como acontecia neste país".

O presidente disse ainda que "a verdade nua e crua" é que os pobres nunca estiveram no projeto político da elite brasileira, apenas durante as eleições. "Em época eleitoral, pobre vale mais do que banqueiro. Mas, depois das eleições, o pobre não é convidado nem para tomar um cafezinho", ironizou.

Lula reafirmou sua convicção de que foi Deus quem quis levar a disputa presidencial para o segundo turno. Ele admitiu que no início ficou triste, mas diz que agora está feliz com essa situação. "No segundo turno é que a gente está podendo provar quem é quem", afirmou.

O petista rebateu as acusações da oposição de que quer dividir o país entre ricos e pobres. "Não quero dividir coisa nenhuma. Eu já nasci pobre", disse Lula, arrancando aplausos de centenas de militantes. "Se dependesse de mim, a gente não tinha pobres e ricos, só tinha ricos", reiterou.

Antes do discurso do candidato à reeleição, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), já havia dado o tom. De forma irônica, ele afirmou que o candidato tucano à Presidência, Geraldo Alckmin, parece "personagem de uma propaganda do Itaú Personalité".

A coordenadora da campanha de Lula em São Paulo, Marta Suplicy, seguiu a mesma linha. Segundo ela, "votar em Geraldo Alckmin é aprofundar a diferença entre ricos e pobres neste país".

Durante o evento, o tema da corrupção --o escândalo do dossiê e a recente denúncia da revista "Veja" envolvendo o filho do presidente Lula-- não foi abordado pelos presentes.

Privatizações

O petista voltou a alfinetar Alckmin no tema das privatizações. Segundo Lula, a oposição está com "raiva" porque ele está trazendo à tona seu histórico.

"Eles não venderam mais porque não puderam", disse, em referência às gestões do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de Alckmin em São Paulo.

Para Lula, os tucanos têm tradição de assinar papéis e depois agirem diferente. Por isso, afirmou, não dá para acreditar que eles não pretendem privatizar empresas como o Banco do Brasil e a Petrobras. "Eu não tenho duas caras. Nós não vamos privatizar nenhuma empresa desse país", disse Lula.

Tropa de choque

Participaram do encontro, além de Marta e Aldo, os ministros Luiz Marinho (Trabalho), Celso Amorim (Relações Exteriores), Matilde Ribeiro (Igualdade Racial), o senador Aloizio Mercadante, a primeira-dama Marisa Letícia, o deputado federal eleito Frank Aguiar e, pela primeira vez no palanque de Lula, o cantor e apresentador Netinho de Paula.

Ele declarou seu apoio ao petista dizendo que é importante votar em alguém do povo. "Um cara que viveu coisa que só gente que é do Gueto viveu", disse Netinho.

Nenhum comentário:

Em destaque

Tista de Deda., documentando também o fim da novela Idalécio que ficou onde sempre esteve.

Essa foto fala mais do que mil palavras, e a prova da força e da união em torno do pre-candidato Tista de Deda. Documentando também o fim da...

Mais visitadas