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domingo, julho 30, 2006

"Esquecimento nÃo é normal da idade", alerta geriatra

No filme argentino "O filho da noiva", as cenas em que pai, filho e neta se encontram com a matriarca da família, que está internada em uma clínica e sofre de Alzheimer, são tocantes e dão uma mostra da devastação que a doença pode causar, não só no paciente, mas nos familiares. O drama é resumido pela geriatra Cláudia Pacheco: "O doente com Alzheimer não é um doente sozinho, é uma família com Alzheimer". O mal de Alzheimer é uma doença degenerativa que destrói células cerebrais vitais, afetando o funcionamento mental, pensamento, fala e memória.

O geriatra Denis Antônio Melo, presidente da Associação Brasileira de Alzheimer - secção Alagoas, concorda que um dos maiores problemas da doença é o impacto que ela tem na família e no cuidador do idoso, que fica sobrecarregado. "A família se angustia por não saber lidar com os principais sintomas da doença e com a dependência progressiva do idoso. Uns se revoltam e outros se penalizam muito ou acham que o comportamento apresentado pelo idoso é pura pirraça", explica.

Denis Antônio conta que, para ajudar familiares e cuidadores, a Associação de Alzheimer-AL mantém um grupo de apoio que se reúne toda última quarta-feira de cada mês, às 18h, na Cruz Vermelha de Maceió. Na semana passada foi criado, na Santa Casa de Maceió, o Centro de Referência em Demência de Alzheimer, com cinco geriatras, um nutricionista, dois psicólogos e uma enfermeira.

Sintomas

Os sintomas apresentados pelo paciente com Alzheimer geralmente são: prejuízo da memória, com declínio das habilidades intelectuais, associado normalmente a alterações de comportamento que afetam as relações e convívio do paciente. "Muita gente pensa que esquecimento é normal da idade, mas não é. Os familiares precisam ficar mais atentos para esse sintoma, principalmente quando o esquecimento gera prejuízos nas atividades do dia-a-dia do idoso, como por exemplo, se atrapalhar com dinheiro e se perder em locais familiares", alerta o médico.

Com a progressão da doença o paciente pode não reconhecer mais os familiares e até mesmo ter dificuldades de realizar tarefas simples de higiene e de vestir roupas. No estágio final necessita de ajuda para tudo. "É variável o modo como cada caso evolui entre os primeiros sintomas e a morte do paciente pelas complicações da doença", explica o geriatra.

Riscos

Segundo Denis Antônio, o maior fator de risco comprovado da doença é a idade. Em 2001, havia no País quase 30 milhões de portadores de demências em geral e a previsão é que esse número dobre em 2020, principalmente em países em desenvolvimento, como o Brasil. Isso em razão do aumento da expectativa de vida e da diminuição da taxa de natalidade.

O geriatra diz que, além da idade, outros fatores de risco podem colaborar para o aparecimento da doença, como: história familiar de Alzheimer, de Síndrome de Down, Parkinson, histórico de depressão acima dos 60 anos, hipertensão e colesterol alto. Estudos também sugerem que as mulheres sejam um pouco mais afetadas que os homens.

Denis Antônio diz que o Brasil ainda carece de estudos epidemiológicos. Uma equipe de profissionais do Hospital Universitário iniciará uma pesquisa para se estimar a prevalência dos casos em Alagoas.

Fonte: Primeira edição

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