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sexta-feira, julho 21, 2006

Atrocidades na Terra Prometida - a Brutalidade Insana do Estado de Israel

Por Kathleen Christison - ex-analista da CIA

Saiba a verdade sobre o conflito no Oriente Médio no site do Círculo Bolivariano de São Paulo - http://www.unidadepopular.org


Atrocidades na Terra Prometida
A Brutalidade Insana do Estado de Israel

Por Kathleen Christison * - 17/07/06


Original em Counterpunch - http://www.counterpunch.org

Tradução do Círculo Bolivariano de São Paulo - http://www.unidadepopular.org

Palavras não bastam; termos comuns são inadequados para descrever os horrores que Israel perpetra diariamente e tem perpetrado durante anos contra os palestinos. A tragédia de Gaza já foi descrita mais de cem vezes, bem como as tragédias de 1948, de Qibia, de Sabra e de Jenin ? 60 anos de atrocidades perpetradas em nome do judaísmo. Mas o horror geralmente esbarra em ouvidos moucos na maior parte de Israel, na arena política dos Estados Unidos e na grande mídia dos EUA. Aqueles que se horrorizam ? e há muitos ? não conseguem penetrar no escudo de impassividade que protege a elite política e midiática de Israel, ainda mais do que nos EUA, e cada vez mais no Canadá e Europa, de ver, de se preocupar.

Mas é preciso ser dito agora, bem alto: aqueles que concebem e executam as políticas israelenses transformaram Israel em um monstro, e chegou a hora de todos nós ? todos os israelenses, todos os judeus que permitem que Israel fale por eles, todos os americanos que não fazem nada para acabar com o apoio dos EUA por Israel e suas políticas assassinas ? de reconhecer que nós nos maculamos moralmente ao continuar a ficar de braços cruzados enquanto Israel leva a cabo suas atrocidades contra os palestinos.

Um país que determina o primado de uma etnia ou religião sobre todas as outras acabará ficando psicologicamente enfermo. Narcisisticamente obcecado com sua própria imagem, terá de lutar para manter sua superioridade racial a todo custo e irá inevitavelmente encarar qualquer resistência a essa superioridade imaginária como uma ameaça a sua existência. De fato, qualquer outro povo automaticamente se torna uma ameaça a sua existência pelo simples fato de existir. Ao tentar se proteger contra ameaças imaginárias, o estado racista se torna cada vez mais paranóico, sua sociedade mais fechada e isolada, intelectualmente limitada. Contratempos a enfurecem; humilhações a enlouquecem. O estado açoita furiosamente num esforço desvairado, destituído de qualquer senso de proporção, para se reassegurar de sua força.

O modelo se esvaiu na Alemanha nazista, ao tentar manter uma mítica superioridade ariana. Está se esvaindo agora em Israel. ?Esta sociedade não mais reconhece nenhuma fronteira, geográfica ou moral?, escreveu o intelectual israelense e ativista anti-sionista Michel Warschawski em seu livro de 2004, ?Rumo a uma Tumba Aberta: a Crise da Sociedade Israelense?. Israel não conhece limite algum e está se esvaindo ao descobrir que sua tentativa de submeter os palestinos e engolir a Palestina inteira está sendo minado por um povo palestino tenaz e digno que se recusa a submeter-se em silêncio e desistir de resistir à arrogância israelense.

Nós nos Estados Unidos ficamos tão acostumados à tragédia inflingida por Israel,
e caímos facilmente na sua lábia que automaticamente, por alguma armadilha da imaginação, converte atrocidades israleenses em exemplos de como Israel é vitimizado. Mas um exército que solta uma bomba de 225 quilos em um apartamento residencial no meio da noite e mata 14 civis dormindo, como aconteceu em Gaza há quatro anos, não é um exército que opera por normas civilizadas.

Um exército que solta uma bomba de 225 quilos em uma casa no meio da noite e mata um homem, sua esposa e sete de seus filhos, como aconteceu em Gaza há quatro dias, não é o exército de um país moral.

Uma sociedade que pode deixar de lado, como desimportante, o assassinato brutal de uma menina de 13 anos por um oficial do exército alegando que ela ameaçou soldados em um posto militar ? uma entre as quase 700 crianças palestinas assassinadas por israelenses desde que a Intifada começou ? não é uma sociedade dotada de consciência.

Um governo que prende uma menina de 15 anos ? uma entre as centenas de crianças em prisões israelenses ? pelo crime de empurrar e fugir de um soldado que tentava lhe fazer uma revista quando ela entrava numa mesquita não é um governo com qualquer postura moral. (Essa história, que não é do tipo que vá aparecer alguma vez na mídia americana, foi noticiada pelo Sunday Times de Londres. A menina levou três tiros enquanto fugia e foi condenada a 18 meses de prisão depois de sair do coma).

Os críticos de Israel cada vez mais notam que Israel está se autodestruindo, à beira de uma catástrofe por sua própria culpa. O jornalista israelense Gideon Levy fala de uma sociedade em ?colapso moral?.

Michel Warschawski escreve sobre uma ?loucura israelense?, uma ?putrefação? da sociedade civilizada, que levou Israel a um rumo suicida. Ele prevê o fim do empreendimento sionista; Israel é uma ?quadrilha de arruaceiros? que ?caçoa da legalidade e da moralidade civil. Um estado que se enche de desprezo pela justiça perde a força para sobreviver?.

Como Warschawski nota com amargor, Israel já não conhece mais nenhuma fronteira moral ? se alguma vez conheceu. Aqueles que continuam a apoiar Israel, que criam pretextos para isso enquanto ele mergulha na corrupção, perderam suas referências morais.

*Kathleen Christison é uma ex-analista política da CIA e trabalhou com temas do Oriente Médio durante 30 anos. Ela é autora de "Percepções da Palestina" e " Ferida da Espoliação". Pode ser contactada pelo email: kathy.bill@christison-santafe.com

Este artigo encontra-se no site do Círculo Bolivariano de São Paulo - http://www.unidadepopular.org. Permitida a reprodução mediante citação da fonte.

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