Certificado Lei geral de proteção de dados

Certificado Lei geral de proteção de dados
Certificado Lei geral de proteção de dados

quarta-feira, abril 19, 2006

Itamar reafirma que é candidato

Por:Tribuna da Imprensa


BRASÍLIA - O ex-presidente Itamar Franco confirmou, ontem, que é pré-candidato do PMDB à Presidência da República e que está disposto a levar seu nome à Convenção Nacional do partido em junho, em uma eventual disputa com o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho.
Exatos 15 dias depois de a ala governista ser derrotada na ofensiva para convocar uma convenção nacional em maio e derrubar, de vez, a candidatura própria, o governo pode sofrer um novo revés na reunião que os dois peemedebistas terão hoje.
O encarregado da contabilidade política em favor da candidatura própria e presidente do PMDB de Minas, deputado Fernando Diniz, disse que o resultado do levantamento que ele próprio concluiu ontem deixou os dois candidatos "eufóricos". "Os números demonstram que a maioria do partido já quer candidato próprio", resumiu Diniz, ao prever que presidentes de 12 a 14 diretórios estaduais confirmarão, na reunião de hoje, o desejo de lançar candidato a presidente.
O levantamento foi feito com base em informações do presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), dos candidatos Garotinho e Itamar, do presidente do PMDB paulista, Orestes Quércia, e do próprio Diniz. Somados os votos dos 14 estados na Convenção Nacional, ao menos em tese a candidatura própria teria o apoio de 63% do PMDB. "Esse levantamento é um trabalho coletivo, e estamos muito satisfeito com o resultado das informações que obtivemos", concluiu Diniz.
"Minha pré-candidatura está de pé, e temos uma reunião muito importante em que eu espero que o partido tome essa definição em favor da candidatura própria", afirmou Itamar, ao destacar que o PMDB é um partido nacional e, como tal, precisa ter uma candidatura nacional ao Planalto.
A despeito das críticas de partidários da candidatura Garotinho de que seu ingresso na corrida sucessória teria por objetivo enfraquecer a candidatura do adversário, Itamar disse que responderá diretamente a Garotinho se ele tocar nesse assunto, na reunião. Destacou, no entanto, que a questão não é política, mas de aritmética. "Só quem não sabe fazer contas não entende. É claro que a minha candidatura, somada à dele, reforça a possibilidade de o partido ter candidato próprio", afirmou.
Itamar lembrou que foi o primeiro governador a apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, mas disse que mudou. "Porque nossa política é dinâmica", justificou. "Mas isso não quer dizer que eu rompi com o presidente Lula. A gente aprende, durante certo tempo, que adversário vespertino pode ser companheiro matutino", destacou.
Ele tampouco quis comentar as denúncias de corrupção que pesam sobre o governo petista. Disse que quem vai fazer a avaliação concreta disso é o povo brasileiro. Questionado sobre a possibilidade de uma composição com Lula, Itamar foi taxativo: "Se eu for candidato, como vou apoiar Lula?"
Diante da resistência da ala governista em apoiar a candidatura própria, Itamar reconheceu que o senador José Sarney (PMDB-AP), seu amigo, não apóia mesmo a tese da candidatura do partido. "Não vou nem tentar que ele me apóie", arrematou.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), é outro que discorda de Itamar quando o pré-candidato diz que a tese da candidatura própria ganha força com sua disposição de participar da disputa. "Não se trata de nomes", disse Renan. "É o modelo eleitoral que esvazia as pretensões por conta da verticalização das coligações, que inibe os projetos estaduais. Dificilmente qualquer nome ganhará força, porque vai dificultar as alianças nos estados".

Nenhum comentário:

Em destaque

2º Congresso Brasileiro de Direito Municipal

.

Mais visitadas